Era uma vez um menino
que não queria sopa de letras.
Podiam lá estar coisas bonitas escritas,
mas para ele era tudo tretas...
Podia lá estar escrito COMER,
podia lá estar GOIABADA,
como ele não sabia ler,
a sopa não lhe sabia a nada.
Tinha no prato uma FLOR,
um NAVIO na colher,
comia coisas lindíssimas sem saber (...)
In "O pássaro da cabeça e mais versos para crianças" de Manuel António Pina
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